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Mitigação dos riscos: saiba o que fazer para desenvolver uma cultura de fazer produto do jeito certo

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Mitigação dos riscos: saiba o que fazer para desenvolver uma cultura de fazer produto do jeito certo

Dentro de uma cultura de produto, é fundamental trabalhar com a mitigação de riscos para definição e estruturação daquilo que será o carro-chefe da sua startup. Isso serve para descobrir se o produto a ser criado está sendo bem encaminhado, se ele terá usabilidade, valor, etc. 

 

Por isso, o empreendedor precisa avaliar e entender os quatro riscos dentro do desenvolvimento de produto. Essa conceituação tem como inspiração a obra de Marty Cagan, e será traduzida aqui para você a partir da experiência de Raphael Farinazzo, especialista em Produto e mentor do programa de capacitação Startup SC

 

O especialista estará presente no 45º Meetup Startup SC, junto a outros profissionais de produto, para aprofundar ainda mais o debate. Aproveite a leitura deste conteúdo para se preparar e inscreva-se, não perca!

Mitigação dos riscos: o que é e qual sua importância

Quando falamos em mitigação dos riscos dentro de um universo de produto, é fundamental apresentar uma das fases iniciais dessa jornada que é conhecida como “product discovery”. Esta etapa acontece sempre que a empresa precisa descobrir o que deve ser construído.

 

Neste processo, o empreendedor precisa realizar um conjunto de atividades para identificar qual é o produto certo para resolver a dor do público. Entre essas atividades estão: conduzir conversas guiadas com clientes ou potenciais usuários, estudar o mercado, analisar os concorrentes, lançar versões de teste como MVP para, daí, partir para a análise e mitigação dos riscos, entre outros pontos.

A mitigação dos riscos de produto também está diretamente relacionada ao aprendizado constante de feedbacks dos clientes, por isso, conte sempre com o seu público!

Mitigação dos riscos: 4 riscos de produto

No livro “Inspired” de Marty Cagan, o processo de Product Discovery tem como objetivo ajudar a reduzir os 4 principais tipo de riscos encontrados em produtos:

 

  • Risco de valor;
  • Risco de usabilidade;
  • Risco de execução;
  • Risco de viabilidade.

 

Analisar esses riscos serve para reduzir desperdício de tempo, esforço do time e dinheiro. Dessa forma, será possível chegar no produto certo, levando seu negócio para o sucesso.

 

O time de produto junto com design, tecnologia e negócio tem que atacar esses 4 riscos por meio de técnicas de validação”, explica Raphael Farinazzo, mentor do Startup SC. “Assim, a empresa precisa combinar a execução do dia a dia, com velocidade (quando tem pouco dinheiro em caixa, tem que fazer testes rápidos, não pode ficar aumentando o escopo), e aliar isso à visão de produto”, complementa.

 

Apesar de não existir um prazo padrão para um time saber se o produto vai dar certo ou não, há alguns indícios que ajudam nesse diagnóstico. Como, por exemplo, a ocorrência de taxas de conversão beirando a zero ou baixas o suficiente para não sustentar o retorno sobre investimento por cliente. Isso pode ser um sinal de que o produto precisa ser remodelado.

 

Vamos agora a cada um dos tipos de riscos mais comuns, segundo Cagan:

1. Risco de Valor

Esse é o mais importante de todos, e às vezes, o mais esquecido pelos empreendedores. Aqui é preciso avaliar se o que está sendo produzido tem valor para o cliente.

 

Sua ideia pode ser a melhor de todas, mas se ela não tiver um valor pro cliente e ninguém precisar dela, não trará retorno. Algumas vezes, o empreendedor destina amplo esforço em um projeto, mas no fim, percebe que o consumidor não se interessa pelo que foi construído.

 

Por isso, a mitigação dos riscos de valor deve ser uma das primeiras a ser avaliada. A sua solução precisa ter um propósito que interesse aos usuários, e assim, justifique o esforço em desenvolvê-la.

 

Para isso, você deve ver se há demanda para sua solução e também realizar testes. Um deles pode ser o qualitativo, apresentado por Cagan em seu livro como uma série de entrevistas com o consumidor, para ver o quão inclinado ele está para recomendar o produto, ou realizar testes A/B.

2. Risco de Usabilidade

Segundo Raphael, “pode ser que as pessoas não consigam ou não saibam utilizar o produto, mesmo que tenha valor”.  Assim, nesta etapa da mitigação dos riscos de produto, é preciso desenvolver uma solução que tenha boa usabilidade e que isso seja percebido pelo cliente.

 

É preciso avaliar se houve alguma dificuldade na utilização da solução pelo usuário, se ele reclamou ou se conseguiu realizar sem nenhum problema. Dessa forma, você saberá o que e onde melhorar o seu produto, para que seja possível usar da melhor forma e sem dificuldades.

 

Aqui será fundamental contar com a parceria dos times de design, UX e UI para compor uma equipe multidisciplinar e capaz de identificar oportunidades de melhoria na usabilidade. Este trabalho integrado é muito importante para o desenvolvimento de uma visão clara de produto.

3. Risco de Execução

Nessa fase da mitigação dos riscos é preciso avaliar se o produto é factível de ser construído do ponto de vista de código, engenharia e arquitetura de software, e se a empresa tem estrutura para desenvolvê-lo.

 

Essa etapa fica mais com as equipes de programação, buscando se questionar para trazer a ideia para a realidade e identificar se é viável o desenvolvimento do produto. Você irá perceber que ao realizar a avaliação dos outros dois riscos, alguns pontos de execução já irão aparecer.

 

Por exemplo, nos testes com os usuários é possível que surjam feedbacks que você identifique que a sua equipe não é capaz de executar dentro do cenário atual. Seja pela falta de profissionais com experiência na temática, seja por débitos técnicos que alongariam demais o prazo de entrega se tivessem que ser resolvidos agora.

Assim, uma solução pode ser contratar um profissional mais especializado naquele ponto, ou então adaptar a alteração para executar o que for possível.

4. Risco de Viabilidade

Por último na lista de riscos de Marty Cagan, é necessário avaliar se o usuário final tem condição de comprar, se o preço é justo, se alguém irá pagar por ele e se com esse valor haverá lucro. Nesse cálculo devem estar computados todos os esforços (por parte da empresa) para adquirir usuários, entregar a solução, prestar suporte e serviços relacionados, bem como mantê-la funcionando. Isso porque a solução pode ser a melhor de todas na visão do empreendedor, mas se ela tiver um preço muito alto para o seu público, não terá vendas.

 

Além disso, é preciso avaliar que, se o valor cobrado for muito baixo, pode ser que não tenha lucro, o que no final, não trará resultados para você e a equipe. Por isso, essa etapa reúne todas as áreas da sua startup, para juntas chegarem em uma precificação viável para todos (startup, equipe e consumidor).

 

Para saber mais sobre a mitigação dos riscos em produto, não deixe de se inscrever no 45º Meetup Startup SC que será realizado no dia 30/06.  com a presença de Raphael Farinazzo e outros especialistas da área!

 

Com a análise e mitigação dos riscos citados, você chegará no produto certo. E, assim, conseguirá avançar no mercado com sua startup. Não deixe de conferir outros conteúdos no blog do Startup SC!

Startup SC

A iniciativa Startup SC é idealizada pelo Sebrae/SC com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e inovação no estado de Santa Catarina.