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Empreendedor anjo: como o executivo que investe em startups deve proceder junto aos founders

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Empreendedor anjo: como o executivo que investe em startups deve proceder junto aos founders

Este é um ótimo momento para você se tornar um empreendedor anjo, ou seja, aproveitar a sua experiência em startup para investir em outros negócios através de investimentos anjo. Isso porque, dados da  empresa Distrito revelam que os investimentos em startups cresceram 187% nos primeiros quatro meses de 2021.

 

Esse volume representa 66% de todo o investido de 2020, quando o setor já estava aquecido, apesar da pandemia. O valor total aplicado foi de R$12,7 bilhões, sendo a maior parte para fintechs.

 

Para quem está no processo de investir ou ser investido, no entanto, o caminho não é tão simples. São diversos conceitos, etapas e abordagens que precisam ser executadas. Na 41ª edição do Meetup Startup SC, programa do Sebrae/SC, alguns empreendedores comentaram sobre suas visões enquanto startups investidas e trouxeram muitos insights significativos para o meio. 

 

Não deixe de conferir, e se você está do outro lado do balcão, investindo em uma startup, continue a leitura deste conteúdo que preparamos para te auxiliar!

O que o empreendedor anjo precisa saber durante um investimento?

O conceito de empreendedor anjo tem relação, como mencionado anteriormente, com você, por exemplo, que já toca a sua própria startup e ela já está consolidada, e agora está buscando investir em outros negócios.

 

Sendo assim, separamos aqui alguns tópicos que podem ajudar nessa etapa do investimento, além de pontos que devem receber maior atenção na hora de negociar e assinar um contrato de investimento. Mas lembre-se de só assinar após ler tudo e estar de acordo com cada cláusula. Vamos lá!

Cláusulas de contrato e obrigações jurídicas

Ao optar por investir em uma startup, o empreendedor anjo deve ter em mente que precisará lidar com aspectos jurídicos relacionados a este processo. Sendo assim, vamos começar falando sobre o principal instrumento que formaliza essa parte: contratos.

 

Todo contrato é um documento de Direito Privado. Ou seja, tudo o que não for proibido por lei, será permitido para que as partes se convencionem. Dessa forma, é de extrema importância que você preste muita atenção no que está descrito em cada cláusula.

 

O contrato deve falar sobre as obrigações de cada parte, bem como os deveres. Se você, como empreendedor anjo, exigir anuência, saiba que isso significará que estará cedendo o direito ao veto.

 

Dessa forma, tenha muita cautela com quais direitos estão sendo ofertados como veto. Isso porque, provavelmente, terá de ceder outros vetos aos próximos investidores, dificultando sua gestão.

 

Outro ponto importante que deve constar no contrato é a cláusula de litígio, ou seja, como decidiram resolver as eventuais controvérsias: pode ser na Justiça comum ou com mediação/arbitragem. O mais comum é a última opção, mas vale ter cuidado com os custos dessa operação.

 

Um último aspecto geral ligado a contratos que queremos destacar está relacionado com a venda de ações. Caso haja venda das ações de um acionista a terceiros, o empreendedor anjo também poderá vender sua participação nas mesmas condições em que os sócios estão vendendo. Isso tem como objetivo evitar a obrigação do investidor continuar com a startup no caso de ela passar a contar com novas lideranças desconhecidas do contexto. 

Conceitos para o contrato de investimento anjo

Agora que já vimos pinceladas sobre aspectos gerais de contratos, vamos entrar mais especificamente no que diz respeito aos conceitos mais ligados a estes documentos voltados para formalização de investimentos anjo.

Vesting

A cláusula de Vesting regulamenta a forma como o investidor poderá adquirir ações ou cotas da startup. De forma geral, o investidor vai adquirindo progressivamente direitos de participação sobre a startup. 

Visa proteger a estrutura que mostra o quanto cada parte tem direito: o captable. Por isso, o direito às ações adquiridas não é imediato, devendo ser respeitado o tempo estipulado em contrato. 

 

Além disso, essa cláusula pode trazer várias projeções e metas que o investidor precisa atingir. Visando possibilitar que ele aumente sua participação, num prazo justo.

 

Cliff

O cliff é o período que antecede o Vesting e a transferência da participação. Ou seja, é o intervalo de tempo que o investidor já está contribuindo para a startup, mas ainda não adquiriu sua parte.

 

Essa cláusula existe para impedir que algum investidor abandone o projeto, pegando o lucro após um curto período, e prejudicando a sobrevivência da startup e dos demais participantes. Esse tempo é estipulado em contrato, mas o normal é que ele seja de um ano.

Mútuo Conversível

Esse é muito utilizado no mercado. Ele funciona como um empréstimo, onde lá na frente poderá se transformar em uma participação na startup, que pode ser definida na próxima rodada ou já estipulada em contrato.

 

Esse tipo de contrato, por um lado, garante uma segurança para o investidor de que seu capital poderá ser retornado com uma participação societária, ou receber o valor emprestado devidamente corrigido. Além de estar livre das responsabilidades de sócio.

 

Porém, por outro lado, se a startup quebrar, o investidor não conseguirá nem converter seu aporte em ações ou recuperar o valor. Há o risco nesse tipo de investimento, mas pode haver possibilidades de renegociação previstas no contrato.

Termsheet

Esse é apenas um documento de acordo pré-investimento, entre as partes. Estabelece termos importantes, como a participação que o investidor terá na sociedade. É assinado antes da diligência legal, onde a empresa passa por avaliações e auditorias, para garantir que ela é o que está descrita e não tem risco operacional ou financeiro.

 

Assim, ser um empreendedor anjo requer muita atenção aos termos e principalmente ao contrato e suas cláusulas. Para que você entenda quais são seus direitos e obrigações no investimento.

 

Quer saber mais sobre investimento? Baixe agora mesmo um conteúdo com dicas do Amure Pinho, um dos maiores investidores anjo do Brasil, sobre este universo. Acesse também o blog do Startup SC para ler mais conteúdos!

Startup SC

A iniciativa Startup SC é idealizada pelo Sebrae/SC com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e inovação no estado de Santa Catarina.