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Investimentos anjo: entenda o que são, como funcionam e quais os benefícios

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Investimentos anjo: entenda o que são, como funcionam e quais os benefícios

Para uma startup começar a dar seus primeiros passos são necessários recursos. Estes podem vir de várias formas: seja do próprio bolso do empreendedor, de investimentos de amigos e familiares, ou de investimentos anjo. Esse último tem como objetivo alavancar o negócio logo nas fases iniciais.

Para saber mais sobre investimentos anjo, continue a leitura deste artigo. Você verá o que é, como funciona, em que cenários são realizados, o que é preciso para investir e para ser investido. Confira!

 

Investimentos anjo: o que são?

 

O termo “investimentos anjo” surgiu na década de 20, em Nova York. Alguns empresários investiram nos altos custos das peças teatrais da Broadway, participando do retorno financeiro, e ficaram conhecidos como “anjos”.

Hoje em dia o termo é conhecido não só por ajudar financeiramente um negócio, mas também por proporcionar compartilhamento de expertise dos investidores para a startup. Uma vez que essas, normalmente, são pessoas bem-sucedidas e estabilizadas no mundo do empreendedorismo.

No modelo de investimentos anjo, o aporte é feito por pessoas físicas que aplicam o próprio patrimônio em startups que tenham um alto potencial de retorno. Normalmente, o aporte é entre 5% ou 10% dos bens do investidor.

Além do dinheiro, o investidor entra com know-how e rede de contatos, ajudando as startups que estão ainda validando seu negócio. Por essa razão, esse investimento também é conhecido como “smart money”, ou o dinheiro inteligente.

Dessa forma, o investidor anjo estará presente no dia-a-dia da startups, trazendo insights e contribuindo na fase de estruturação do modelo de negócio e de preparação da empresa para o mercado.

 

Como funciona um investimento anjo?

 

Os investimentos anjo normalmente têm participações minoritárias nas startups – entre 5% a 20%. É importante ressaltar também que o investidor não se torna um sócio, de modo que não se torna responsável por nenhuma dívida que o negócio possa vir a ter. Ele atua em prol de  ajudar no desenvolvimento da empresa, e não de somente visar o lucro.

O investidor estará constantemente injetando capital no negócio, além de dedicar um tempo para passar seu conhecimento. Quanto ao seu retorno, o investidor anjo ganha dinheiro quando vende a participação dele para outros fundos de investimento, outras empresas ou mesmo quando vende de volta para os empreendedores das startups.

Ao investir na startup, o investidor anjo recebe como contrapartida um percentual, ou o direito a um percentual do negócio. Sendo assim, se tudo der certo e a startup crescer, ela irá valer mais e, assim, a parcela desse investidor também será valorizada. Nesse momento, ele irá tentar vender a sua participação e assim, finalmente obter o retorno do investimento que fez.

Esse processo pode demorar semanas, meses ou anos. No Brasil, esse tempo médio gira em torno de três a sete anos.

 

A evolução do cenário nos últimos anos

De todas as startups que receberam recursos em 2020, quase 42% eram de investimentos anjo, segundo a Associação Brasileira de Startup (ABStartups). Tudo isso mesmo em meio à pandemia do coronavírus, o que mostra que o capital está disponível e os investidores querem aportar.

Isso porque, as startups são adaptáveis ao ambiente em que estão. Mesmo com situações que fogem do controle de todos, como esta crise, essas empresas aprendem desde cedo a ser ágeis e controlar seus gastos.

Uma pesquisa divulgada pela Associação Anjos do Brasil, em 2018, houve um crescimento de 16% no valor investido em startups no país (entre 2016 e 2017). Uma das razões para esse crescimento, é a Lei Complementar nº 155/2016. Através dela, o investidor tem mais segurança para fazer esse tipo de transação.

 

O que é preciso para ser investido?

O processo para conseguir investimento deve começar na estruturação da startup. Dessa forma, o empreendedor já tem a clareza de como o investidor anjo poderá ajudá-lo (financeiramente e com conhecimento), já se preparando para os requisitos que poderão ser exigidos. É preciso ter confiança e acreditar no seu produto ou serviço. Valorize o que faz, mas sem inventar ou mentir.

Para se preparar, é necessário já ter uma pesquisa sobre a atuação do mercado, potenciais clientes, ter testado e validado a ideia, saber as vantagens competitivas, e os dados financeiros (qual a receita, quanto é o faturamento, qual o investimento necessário, etc). É preciso saber suas próprias métricas. Mostre que você leva os resultados a sério, sabendo melhor dos seus processos com dados.

Além disso, há alguns pontos que o empreendedor precisa ter para receber investimentos anjo. Um deles é aprender a controlar as emoções: é preciso ser maduro, coerente e objetivo. Isso porque, a primeira impressão é a que fica, não é mesmo?

Outro aspecto é a pontualidade. Evite chegar atrasado na reunião com o investidor, isso pode afetar sua apresentação perante ao outro. E, também,  se mantenha presente e ativo no radar do anjo, criando oportunidades para interagir novamente.

Não esqueça de ter planejamento de onde você investirá o dinheiro recebido. Afinal, o investidor irá questionar isso, então tenha uma planilha financeira atualizada para apresentar.

E por último, não esqueça de elaborar uma apresentação do negócio, mostrando esses principais pontos. Treine seu pitch e fique preparado para convencer o investidor que o seu negócio é o certo para ele investir.

 

O que é preciso para investir?

Para realizar investimentos anjo é preciso primeiro analisar e filtrar as startups do mercado. Lembre-se de que é necessário identificar aquelas com um grande potencial de crescimento. Depois, ter um relacionamento com os empreendedores para receber as informações detalhadas do negócio. 

E então pesquisar os dados financeiro, jurídicos, e como o mercado receberá essa empresa. Assim, você poderá sentar com o empreendedor e negociar seu investimento.

Os investimentos anjo geralmente são feitos em conjunto com outros empresários. Dessa forma, o valor dado por cada um não precisa ser muito alto. Não é recomendado colocar mais do que 10% do patrimônio.

Mais do que o dinheiro, é necessário ter sabedoria também. Além de uma grande rede de contatos, know how na área da startup, um bom histórico como empreendedor e amplo conhecimento de mercado.

Uma dica para saber como realizar investimentos anjos é participar de mentorias e cursos sobre o assunto. Como o Programa Investidores VC, que acontecerá nos dias 31/07 e 01/08, organizado pelo projeto Startup SC. Através dele, o empreendedor terá uma imersão definitiva para aprender a investir em startups com o maior pool de investimentos anjo do país. 

Assim, o empreendedor terá mais conhecimento para realizar os investimentos anjo. Tanto na parte de finanças, como – e principalmente – do know how e networking. Continue lendo os conteúdos do blog StartupSC.

Startup SC

A iniciativa Startup SC é idealizada pelo Sebrae/SC com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e inovação no estado de Santa Catarina.